domingo, 11 de setembro de 2011

Algumas das cobras mais venenosas do mundo


Essa não é uma lista agradável, mas na pior das hipóteses, é útil. Não desejo que você encontre uma cobra peçonhenta por aí, mas pelo menos agora você vai saber reconhecer as 10 piores delas, e tentar (o máximo que puder) ficar longe. Confira:
1) CASCAVEL
A cascavel é facilmente identificável pelo chocalho na ponta de sua cauda. Elas fazem parte da família da jararaca. Única serpente das Américas dessa lista, a cascavel representa bem seu continente. Surpreendentemente, os filhotes são considerados mais perigosos do que os adultos, devido à sua incapacidade de controlar a quantidade de veneno injetado. A maioria das espécies de cascavel tem veneno hemotóxico, que destrói tecidos, órgãos e causa coagulopatia (interrompe a coagulação do sangue). Cicatrizes permanentes são muito prováveis no caso de uma picada venenosa. Mesmo com tratamento imediato, sua mordida pode levar à perda de um membro ou à morte. Dificuldade em respirar, paralisia, salivação e hemorragias também são sintomas comuns. Mordidas de cascavel, especialmente de espécies maiores, são muitas vezes fatais. No entanto, antiveneno, quando aplicado a tempo, reduz a taxa de mortalidade para menos de 4%.
2) COBRA-DA-MORT
Apropriadamente chamada cobra-da-morte, a espécie é encontrada na Austrália e Nova Guiné. Ela caça e mata outras serpentes, inclusive algumas dessa lista, geralmente através de emboscada. Parece bastante com as víboras, já que tem cabeça em formato triangular e corpos pequenos e achatados. Normalmente, injeta em torno de 40 a 100mg de veneno nas vítimas. Uma mordida não tratada da cobra-da-morte é uma das mais perigosas do mundo. O veneno é uma neurotoxina; uma picada provoca paralisia e pode causar a morte dentro de 6 horas, devido à insuficiência respiratória. Os sintomas geralmente alcançam seu auge em 24 a 48 horas depois do ataque. Antiveneno é muito bem sucedido no tratamento de sua mordida, particularmente devido à progressão relativamente lenta dos sintomas. Antes de desenvolvimento do antiveneno, uma mordida da cobra-da-morte tinha uma taxa de letalidade de 50%. Com o ataque mais rápido no mundo, a cobra-da-morte pode ir do chão à posição de ataque (e voltar) dentro de 0,13 segundos.
3) VÍBORAS
Elas são encontradas em quase todo o mundo, mas sem dúvida a mais venenosa é a víbora serrilhada e a víbora de Russel, encontradas principalmente no Oriente Médio e na Ásia Central (especialmente Índia, China e Sudeste Asiático). Víboras são rápidas e geralmente noturnas, muitas vezes ativas após chuvas. A maioria das espécies tem veneno que causa dor no local da picada, seguido imediatamente de inchaço do membro afetado. A hemorragia é um sintoma comum, especialmente a partir da gengiva. Há uma queda da pressão arterial e da frequência cardíaca. Bolhas ocorrem no local da picada. A necrose é geralmente superficial e limitada aos músculos perto da mordida, mas pode ser severa em casos extremos. Vômito e inchaço facial ocorrem em aproximadamente um terço dos casos. A dor severa pode durar de 2 a 4 semanas. Descoloração pode ocorrer em toda a área inchada, além de extravasamento de plasma para o tecido muscular. A morte por septicemia, insuficiência respiratória ou cardíaca pode ocorrer entre 1 e 14 dias após a mordida, ou mesmo mais tarde.
4) NAJA
A maioria das espécies de naja não entraria nessa lista, mas a cobra cuspideira das Filipinas do Norte é a exceção. Seu veneno é o mais mortal de todas as espécies de naja, e elas são capazes de cuspi-lo até 3 metros longe. O veneno é uma neurotoxina que afeta a função cardíaca e respiratória, e pode causar neurotoxicidade, paralisia respiratória e morte em 30 minutos. Sua picada provoca apenas danos mínimos no tecido. Os sintomas podem incluir dores de cabeça, náuseas, vômitos, dor abdominal, diarréia, tontura, desmaio e convulsões.
5) SERPENTE-TIGRE
Encontrada na Austrália, essa cobra tem um veneno neurotóxico muito potente. A morte por mordida de serpente-tigre pode ocorrer dentro de 30 minutos, mas normalmente leva 6 a 24 horas. Antes do desenvolvimento de um antídoto, a taxa de mortalidade de serpentes-tigre era de 60 a 70%. Os sintomas podem incluir dor localizada na região do pé e pescoço, formigamento, dormência e sudorese seguida por dificuldades respiratórias e paralisia. Essa cobra geralmente foge se encontrada, mas pode se tornar agressiva quando encurralada. Ataca com precisão infalível.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Instituto Butantã pesquisa a produção de um único soro para neutralizar o veneno

Famoso pela produção de soro contra picada de cobras, aranhas e escorpiões, o Instituto Butantã, vinculado à Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, começa a explorar também o mundo aquático, para buscar uma maneira de neutralizar o veneno de peixes peçonhentos (aqueles que, além da glândula do veneno, têm um aparato inoculador, no caso, espinhos). Os estudos tiveram como ponto de partida o Thalassophryne nattereri, um peixe comum nas regiões Norte e Nordeste do País, conhecido como niquim, ou peixe-sapo, que vive em águas salobras (encontro de mar com rio).

Hoje, as pesquisas também abrangem o bagre (animal marinho e de água doce) e o peixe-escorpião (marinho), presentes em quase todas as regiões do Brasil, e a arraia (marinho e de água doce), comum na região norte. A produção de um único soro para neutralizar o veneno de todos esses peixes é uma das possibilidades em verificação.

Os estudos sobre peixes peçonhentos colocam o Brasil entre os pioneiros no tema. Em todo o mundo, apenas a Austrália desenvolve soro para veneno de peixe. Lá, os acidentes causados pelo stone-fish (peixe-pedra), do mesmo gênero do peixe-escorpião, comum no Oceano Índico, são tratados com soro.

A previsão é que o soro leve cerca de um ano para começar a ser usado em clínicas. Isso porque ele depende da avaliação e da autorização de um comitê médico. E precisará de mais dois anos para se tornar um soro comercial.

De acordo com a bióloga Mônica Lopes Ferreira, que coordena os estudos sobre peixes peçonhentos no Butantã, embora os peixes sejam de espécies diferentes, o soro para o niquim também se mostrou eficiente contra os efeitos causados pelo Thalassophryne maculosa.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Plantas venenosas podem ser usadas na cura de doenças e na culinária



Getty ImagesBoa-noite, nome de uma espécie nativa de Madagascar,
é empregada no tratamento de vários tipos de câncer

As características, aspectos culturais, histórias e lendas que envolvem o uso das plantas pelo homem, em especial, as espécies venenosas são contadas no livro Venenosas – plantas que matam também curam (editora Senac), do botânico Gil Felippe. 


No livro, o autor desmistifica o uso destas plantas, mostrando que se algumas podem matar, outras podem ser importantes na cura de doenças e até serem usadas na culinária. Tudo isso no ponto de vista da botânica, de maneira bem-humorada. 


- Em geral tudo é uma questão de dosagem, de discernimento, de precisão de competência, diz Gil Felippe. 


Ao explorar o tema, o especialista debate sobre a boa-noite, nome de uma espécie nativa de Madagascar. Cultivada pelo mundo afora como planta ornamental, é empregada no tratamento de vários tipos de câncer, entre eles, leucemia, câncer de pele, linfático e de mama. A dedaleira, originária da Europa, também é um exemplo de sucesso na medicina. Usada contra insuficiência cardíaca, contém digitalina, que age aumentando a intensidade das contrações dos músculos cardíacos.

domingo, 13 de março de 2011

OS OITO ANIMAIS MAIS VENENOSOS DO MUNDO!!!!!


Por último temos o animal mais venenoso de sempre a incrível MAMBA NEGRA!!!
Esta cobra tem um veneno tão letal que uma pessoa morre em 100% dos casos (morre sempre que picada)!
Consegue logo matar 100 pessoas de uma vez e em 30 minutos!
Mata instantaneamente uma pessoa!
Encontra-se em África e na Austrália!
É o sétimo e penúltimo animal da lista!
É a vespa do mar que tem a capacidade de matar um hipopótamo com 3.500 kg!
Encontra-se na Austrália e mata uma pessoa em 30 segundos e para além disso consegue matar 60 pessoas em 1 hora!

É o sexto animal da lista!
É o polvo de anéis azuis que tem a capacidade de matar um búfalo com 1.200 kg!
Encontra-se só na Austrália e mata uma pessoa em apenas 2 minutos!
É o quinto da lista!
É o cone purpúreo que é capaz de matar um urso pardo com 600 kg!
É aquático e só existe na Austrália e mata uma pessoa em apenas 5 minutos!
É o quarto animal venenoso da lista!
Como vocês já devem saber é a aranha viúva negra, que possui um veneno tão letal que mata um animal com 150 kg!
É muito perigosa e encontra-se espalhada pelo mundo e mata uma pessoa em 10 minutos!
Este é o terceiro da lista!
É o escorpião morte rastejante, com capacidade para matar um homem adulto com cerca de 70 kg em apenas 15 minutos!
Vive no norte de África!
Esta é a segunda da lista!
É a aranha funil australiana, que possui um veneno capaz de matar uma pessoa com menos de 60 kg em apenas 20 minutos!
Vive só na Austrália!

Está é a primeira da lista dos 8 animais mais venenosos!
Possui um veneno capaz de matar uma criança com mais de quarenta quilos!
É a rã azul africana que mata em 30 minutos!

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Venenosos e peçonhentos

Rãs, serpentes e peixes


Reprodução
A bela e pequena perereca Dendrobates pumilio possui um veneno fatal
Normalmente, quando se fala em animais perigosos, as pessoas logo pensam em animais ferozes, de grande porte - como tigres e leões. O porte, no entanto, não representa necessariamente um alto grau de periculosidade, como se vê pelos elefantes.

Além disso, muitas vezes, o perigo pode estar escondido em animais muito pequenos e aparentemente inofensivos, mas que podem matar rapidamente aqueles que atacam.

É o caso do sapo-veneno-de-flecha, pertencente ao gênero Dendrobates. Um único espécime desses pode conter até 1.900 microgramas de uma certa toxina, da qual apenas 200 microgramas podem ser fatais, inclusive para a espécie humana.

Este sapo era utilizado amplamente por algumas tribos de índios sul-americanos, que dele extraíam veneno para mergulhar a ponta das setas de suas zarabatanas, utilizadas na caça.

Existem ainda a perereca venenosa vermelha e azul (Dendrobates pumilio), a perereca venenosa verde e preta (Dendrobates auratus) e a perereca venenosa de faixa amarela (Dendrobates leucomelas). Esta última integra a grande variedade de batráquios existentes no Brasil.

Venenosos e peçonhentos

Naturalmente, ao se pensar em animais venenosos, muito antes dos sapos, vêm à mente as cobras, que não têm a aparência inofensiva dos batráquios.

Antes de falar das cobras, porém, vale a pena fazer uma distinção entre venenoso - isto é, o animal que produz a toxina, mas não tem estruturas inoculadoras, como as rãs acima citadas - e peçonhento - o animal que além de produzir a toxina possui estruturas para sua inoculação, as serpentes, por exemplo, possum presas para inocular o veneno em suas vítimas.

Entre as serpentes peçonhentas, a mais conhecida no Brasil talvez seja a cascavel, do gênero Crotalus, com seu célebre guizo emitindo um sinal de ataque iminente. No entanto, são as jararacas, do gênero Bothrops, as responsáveis por cerca de 90% dos acidentes com cobras registradas no Brasil.

A cobra surucucu, do gênero Lachesis, é o maior dos ofídios peçonhentos do país, podendo atingir até 3,5m de comprimento. A Lachesis muta muta, um dos espécimes do gênero, pode ser encontrada tanto na Amazônia quanto na Mata Atlântica - o que significa que ela está presente no Brasil em toda a sua extensão longitudinal.

Cobras corais verdadeiras e falsas

A cobra coral verdadeira, pertencente ao gênero Micruru, também é encontrada em todo o Brasil. No entanto, trata-se de uma serpente de pequeno e médio porte (até um metro de comprimento) e respondem por somente 0,5% dos acidentes com ofídios no país.

O nome coral verdadeira significa, sim, que existe uma falsa coral. Ou melhor, várias: a Phalotris mertensi, a Oxyrhopus guibei, a Oxyrhopus rhombifer e aApostolepis dimidiata. Sua semelhança com a coral verdadeira é de grande utilidade, pois mantém eventuais predadores afastados.

Convém lembrar que há cobras perigosas que, no entanto, não são peçonhentas: é o caso da jibóia (Boa constrictor) e da sucuri ou anaconda, do gênero Eunectes, do qual há três espécies (murinusnotaeus e deschauenseei. Possuem grande dimensões e são cobras constritoras, que se enrolam nas vítimas, esmagando seus ossos ou asfixiando-as.

Um dragão de verdade

No âmbito dos répteis peçonhentos, um caso muito particular é o dragão de Komodo (Varanus komodoensis). Este é um dos animais mais antigos da Terra, bem anterior ao homem. Ele é muito temido, pois mesmo uma pequena mordida sua pode ser fatal: em sua boca existem centenas de bactérias que são inoculadas na corrente sanguínea de sua vítima.

Desse modo, sua presa, depois de contaminada, agoniza por alguns dias, até morrer. Somente quando o animal morto estiver em estado de putrefação é que o dragão de Komodo vai realizar o seu farto banquete... Felizmente, este animal só é encontrado na ilha de Komodo, na Indonésia. Por suas grandes dimensões e agressividade, ele não teme o ser humano e o ataca.

Perigosos até debaixo da água

Todavia, animais peçonhentos não se encontram somente em terra firme ou terrenos alagadiços. Há vários peixes peçonhentos, como o peixe-leão, o Pterios volitans. O que o faz famoso é a peçonha que carrega em sacos na base de cada nadadeira dorsal e lateral. Trata-se de uma neurotoxina com efeito variável dependendo do organismo em que é inoculada.

É necessário muito cuidado ao manusear esses peixes, pois um simples raspão em suas nadadeiras pode liberar a peçonha, que provoca dor intensa no local da ferida, inchaço, bolhas e manchas na região afetada.

Entre os peixes, ainda podem ser citadas outras espécies: os mandis-amarelos (Pimelodus maculatus), o mandi-chorão (Pimelodella sp), os surubins pintados e as cacharas (Pseudoplatystoma sp). Os mandis têm ferrões peçonhentos, que podem causar dor intensa por algumas horas, além de provocar infecções.

Os surubins e cacharas têm ferrões serrilhados perigosos, mas sem a presença de peçonha. Já as arraias de água doce (família Potamotrygonidae) possuem peçonhas fortes que provocam dores intensas por até 24 horas e feridas no ponto de entrada do ferrão.